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REVISTAS CORPORAIS AINDA SÃO UMA REALIDADE NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

Apesar do scanner corporal ter se tornado parte das unidades prisionais a partir de 2017, a prática de revista corporal ainda é comum nas penitenciárias do Brasil. Marcada por diversos procedimentos invasivos e humilhantes, a revista corporal coloca os visitantes em um lugar de vulnerabilidade e vergonha ao tentar adentrar no sistema prisional brasileiro. De acordo com Fernanda, ao longo das suas visitas por quatro unidades prisionais da Bahia, ocorreram diversas revistas em seu corpo e em outros visitantes que incluíam crianças e bebês.

Essa prática correspondeu a 78% das visitas do ano de 2021 e influenciou significativamente no distanciamento de parentes que desejavam visitar os seus familiares na penitenciária. Entre essas revistas, é comum a retirada de roupas e abertura de cavidades das partes íntimas que em sua maioria é realizada em mulheres negras. Dentre as cinco regiões elencadas, destaca-se o centro-oeste e sul cujos relatos destacam as revistas corporais em 100% e 90% dos casos ocorridos respectivamente. Por fim, a falta de treinamento para o uso de scanners contribuem na realização de revistas corporais ao passo que são realizadas por agentes prisionais que não tiveram capacitação suficiente para o seu uso correto e por isso, podem utilizar a revista corporal como método para a checagem de materiais ilícitos.


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